Mari Doula

Gravidez: Desvendando os Mitos e Descobrindo as Verdades Que Nossas Avós Contavam

A gravidez é um período mágico, cercado por uma aura de sabedoria popular e histórias passadas de geração em geração. Nossas avós, com toda a sua experiência de vida, nos presentearam com uma infinidade de “dicas” e crenças que, por mais bem-intencionadas que fossem, nem sempre correspondem à realidade. É fácil se perder em meio a tantos mitos e verdades sobre a gravidez, especialmente quando o assunto envolve a saúde do bebê e o bem-estar da futura mamãe.

Neste artigo, vamos desvendar algumas dessas lendas, separando o que é folclore do que é comprovado cientificamente. Prepare-se para se surpreender e, quem sabe, rir um pouco com algumas das crenças mais divertidas e curiosas que permeiam o universo da gestação. Conhecer a verdade te dará mais segurança e tranquilidade para viver cada momento dessa fase tão especial.

Mitos Populares Sobre o Sexo do Bebê: Barriga Pontuda ou Redonda?

Esse é, sem dúvida, um dos temas mais comentados e cheios de superstições. As avós (e muitas tias e vizinhas) adoram dar seus palpites baseados em sinais do corpo da gestante.

  • Mito: Barriga pontuda é menino, barriga redonda é menina.
    • Verdade: A forma da barriga da gestante não tem absolutamente nenhuma relação com o sexo do bebê. A maneira como a barriga se projeta ou se espalha depende de fatores como o formato do útero, o tônus muscular abdominal da mulher, a posição do bebê dentro do útero e até mesmo o número de gestações anteriores. Uma gestante que já teve outros filhos tende a ter a musculatura abdominal mais relaxada, o que pode fazer a barriga parecer mais “espalhada”, independentemente do sexo do bebê.
  • Mito: Se a mãe está comendo muito doce, é menina; se está comendo muito salgado, é menino.
    • Verdade: Os desejos e aversões alimentares na gravidez são reais e muito comuns, mas não indicam o sexo do bebê. Essas mudanças no paladar e olfato são influenciadas pelas intensas alterações hormonais que ocorrem no corpo da gestante, e não pela genética do feto. O que a mãe deseja comer é uma resposta fisiológica do seu corpo, e não um presságio sobre o sexo.
  • Mito: Enjoos fortes indicam que é menina.
    • Verdade: Não há evidências científicas que comprovem essa relação. Os enjoos na gravidez são causados principalmente pelo aumento do hormônio HCG (gonadotrofina coriônica humana). Embora algumas mulheres relatem enjoos mais intensos em gestações de meninas, isso não é uma regra e pode variar muito. A intensidade dos enjoos depende de fatores individuais de cada gestante.
  • Mito: A frequência cardíaca do bebê (acima de 140 bpm para menina, abaixo para menino).
    • Verdade: Esse é um mito persistente, mas também não tem base científica. Estudos já comprovaram que a frequência cardíaca fetal varia ao longo do dia e em diferentes momentos da gestação, sem qualquer relação com o sexo do bebê. A única forma confiável de saber o sexo do bebê é através do ultrassom (a partir de 16-20 semanas, dependendo da posição do bebê) ou por exames genéticos.

Cuidados com o Bebê e a Gestante: O que é Real e o que é Lenda?

Muitos conselhos de avó se concentram nos cuidados com a gestante e o recém-nascido. Alguns têm um fundo de verdade, mas a maioria é pura crendice.

  • Mito: Grávida não pode pintar o cabelo ou fazer as unhas.
    • Verdade: A maioria dos produtos de beleza modernos, especialmente as tinturas de cabelo sem amônia e os esmaltes, são considerados seguros para uso ocasional na gravidez, especialmente após o primeiro trimestre, quando os órgãos do bebê já estão formados. O ideal é optar por produtos menos agressivos, em ambientes bem ventilados. No entanto, sempre converse com seu médico antes de usar qualquer produto químico.
  • Mito: Grávida precisa comer por dois.
    • Verdade: A gestante precisa comer melhor, e não em dobro. A necessidade calórica aumenta, sim, mas é um aumento gradual e bem menor do que o “comer por dois” sugere. Em média, no segundo trimestre, a gestante precisa de cerca de 340 calorias extras por dia, e no terceiro trimestre, cerca de 450 calorias a mais. O foco deve ser na qualidade e densidade nutricional dos alimentos, garantindo vitaminas, minerais e proteínas para o desenvolvimento do bebê.
  • Mito: Não se pode levantar os braços ou estender roupa no varal para não enrolar o cordão umbilical no pescoço do bebê.
    • Verdade: Essa é uma das lendas mais difundidas e mais sem fundamento científico. A posição dos braços da mãe não tem nenhuma influência sobre o cordão umbilical do bebê. O cordão pode se enrolar no pescoço ou em outras partes do corpo do bebê por fatores como a mobilidade do feto, o comprimento do cordão e a quantidade de líquido amniótico. É um evento comum e, na maioria das vezes, sem complicações.
  • Mito: Tem que passar a roupa do bebê a ferro.
    • Verdade: Não existe nenhuma necessidade em passar a roupa do recém-nascido, isso só aumenta o trabalho que a futura mamãe tem. Porém se a avó oferecer para fazer esse trabalho, só aproveite a ajuda.
  • Mito: Não se pode olhar para pessoas “feias” ou assustadoras para o bebê não nascer com a mesma aparência.
    • Verdade: Completamente sem fundamento científico. A aparência do bebê é determinada pela genética dos pais. Exposição a qualquer tipo de imagem não altera a formação física do feto.
  • Mito: Se a grávida tem azia, o bebê vai nascer cabeludo.
    • Verdade: Surpreendentemente, esse mito tem um pouco de verdade! Um estudo de 2006 da Universidade Johns Hopkins (EUA) encontrou uma correlação entre a intensidade da azia na gravidez e a quantidade de cabelo do bebê. A teoria é que os mesmos hormônios (especialmente o estrogênio) que relaxam o esfíncter esofágico (causando azia) também podem influenciar o crescimento capilar fetal. É uma correlação, não uma causa e efeito direto, mas é um dos poucos “mitos de avó” que a ciência deu uma piscadela!

Parto e Pós-Parto: Onde a Tradição Encontra a Ciência

Até mesmo o momento do parto e o pós-parto são repletos de crenças populares.

  • Mito: Parto na lua cheia acontece mais.
    • Verdade: Essa é uma crença muito popular e até mesmo algumas equipes de saúde brincam sobre isso. No entanto, não há nenhuma evidência científica que comprove que a fase da lua influencie o número de partos. As contrações e o início do trabalho de parto são regulados por hormônios e fatores fisiológicos internos da mulher e do bebê.
  • Mito: Depois do parto, a mulher não pode tomar vento ou frio.
    • Verdade: No passado, acreditava-se que o “vento” ou o “frio” poderiam causar doenças ou prejudicar a recuperação. Hoje sabemos que o fundamental é manter a higiene, descansar e se alimentar bem para uma boa recuperação pós-parto. Vento ou frio não vão causar problemas de saúde em si, mas a exposição excessiva a temperaturas extremas pode, obviamente, gerar desconforto.
  • Mito: Dar mamadeira de água ou chá para o bebê acalma mais.
    • Verdade: Nos primeiros seis meses de vida, o bebê deve receber apenas leite materno, ou fórmula infantil, se houver indicação médica. Água, chás ou outros líquidos podem atrapalhar a amamentação exclusiva, diminuir o apetite do bebê pelo leite (que é seu alimento completo) e até mesmo sobrecarregar os rins. A amamentação em livre demanda é o que acalma o bebê e nutre de forma completa.
  • Mito: A “puerpéria” (resguardo) serve para a mãe descansar completamente na cama.
    • Verdade: O resguardo (puerpério) é um período de recuperação crucial (geralmente os 40 dias após o parto). A ideia de que a mãe deve ficar estática na cama é um mito perigoso. O repouso é fundamental, mas é importante que a mulher se movimente suavemente, ande um pouco e realize atividades leves para prevenir complicações como trombose. O importante é respeitar os limites do corpo e evitar esforços excessivos. Para saber mais sobre os primeiros passos após o positivo e o apoio na gestação, veja Qual o Primeiro Passo Depois do Positivo? Contratar Sua Doula e Iniciar uma Jornada com Apoio Total! .

A Importância da Informação e do Apoio Profissional

Diante de tantos mitos e verdades sobre a gravidez, a melhor ferramenta que as futuras mamães e papais podem ter é a informação de qualidade e o apoio profissional. Confiar apenas nas “dicas de avó” pode gerar ansiedade desnecessária ou, em alguns casos, levar a práticas que não são as mais seguras ou benéficas.

Sua equipe de saúde (médico obstetra, enfermeira obstétrica) e, especialmente, sua doula, são as fontes mais confiáveis para desmistificar o que você ouve por aí. A doula, por exemplo, oferece um suporte contínuo, não apenas emocional e físico, mas também informativo, baseando-se em evidências científicas. Ela pode te ajudar a separar o joio do trigo, te dando segurança para tomar decisões informadas sobre sua saúde e a do seu bebê.

Seja sobre a forma da barriga, os desejos alimentares ou os cuidados com o recém-nascido, a dúvida é natural. O importante é buscar o conhecimento em fontes seguras e, se possível, compartilhar essas dúvidas com sua doula ou equipe médica.

Conclusão: Viva Sua Gravidez com Leveza e Conhecimento!

A gravidez é um período para ser vivido com leveza, alegria e, acima de tudo, com conhecimento. Entender os mitos e verdades sobre a gravidez te liberta de preocupações desnecessárias e te capacita a fazer as melhores escolhas para você e seu bebê.

As histórias de avó podem ser charmosas e até divertidas, mas a ciência e o acompanhamento profissional são o que realmente importam para uma gestação saudável e um parto tranquilo. Permita-se curtir cada momento, confiando no seu corpo e na sua equipe de apoio.

A Mari Doula está aqui para ser sua parceira nessa jornada de descobertas, oferecendo o suporte e a informação que você precisa para desfrutar plenamente da sua gravidez, livre de mitos e cheia de verdades empoderadoras.

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